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| Créditos: MedicalNewsToday.Com |
A síndrome de Savant é uma condição rara que afeta homens de quatro a seis vezes mais que as mulheres. Normalmente as habilidades ocorrem em cinco áreas: música, arte, cálculos que envolvem datas, matemática ou habilidades mecânicas/visuais-espaciais. Outras habilidades que ocorrem com menos frequência incluem a aprendizagem de línguas (poliglotismo), discriminação sensorial incomum, atletismo ou excepcional competência em domínios específicos como neurofisiologia, estatísticas, navegação ou computadores. Qualquer que seja a habilidade que sempre está associada a uma memória maciça e, em alguns casos, esta memória é a habilidade especial.
Nem todas as pessoas com síndrome de Savant têm autismo e nem todas as pessoas com autismo têm essa síndrome. Aproximadamente uma em cada dez pessoas com autismo tem habilidades savant; e uma em 1.400 pessoas com retardo mental ou com déficits do sistema nervoso central diferentes do autismo tem síndrome de Savant. Em outras palavras, essas habilidades não estão limitadas ao transtorno autista.
A síndrome de Savant é um espectro de competências e o sábio prodigioso é um termo bem limiar reservado aos indivíduos extremamente raros nos quais a habilidade especial é excepcional e pode ser considerada como genialidade.
A síndrome de Savant também pode ser adquirida ("gênio acidental"). Há inúmeros relatos sobre pessoas que adquiriram habilidades savant após uma lesão cerebral, às vezes em um nível prodigioso.
Estes casos levantam questões interessantes sobre a capacidade latente dentro de todos nós e como aproveitar essas habilidades enterradas sem ter de suportar uma catástrofe no SNC (Sistema nervoso central).
Acreditava-se que pessoas com habilidades savant não eram criativas. No entanto, atualmente sabe-se, através de casos clínicos, que isso não é verdade, e que os portadores da síndrome de Savant podem ter altos níveis de criatividade.
Por outro lado, a síndrome de Savant estava associada a um Quociente de inteligência (QI) baixo e agora sabemos os níveis de QI em pessoas com essas capacidades podem variar. Enquanto muitos savants obtiveram níveis de QI abaixo de 70, alguns têm QI acima da média (125 ou mais).
É comum nos dias de hoje aplicar o diagnóstico de Síndrome de Asperger a qualquer pessoa que é considerada um “gênio”. Nomes como Albert Einstein, Rembrandt van Rijn, Wolfgang Amadeus Mozart, Thomas Jefferson e muitos outros estão sendo considerados em tais discussões. Se já é bastante difícil fazer um diagnóstico preciso de autismo ou síndrome de Asperger na vida real, com entrevistas e análises exaustivas, imagina tentar aplicar diagnósticos post mortem.
Há também crianças-prodígio no presente. São crianças surpreendentemente brilhantes, mas sem qualquer autismo subjacente ou qualquer deficiência subjacente, com habilidades espetaculares. Não existe uma “ilha de genelidade” como na síndrome de Savant, mas o Quociente de inteligência é alto em todas as áreas do funcionamento.
Com toda a ênfase que há hoje no autismo e a necessidade de diagnósticos e tratamentos precoces, é importante lembrar que nem toda criança que lê aos dezoito meses, desenha aos dois anos, que cantarola todas as melodias que escuta ou que alinha automóveis de brinquedo, insiste numa rotina, memoriza listas e aniversários, tem certo receio e fobias ou tem um atraso na aquisição da linguagem está dentro do espectro do autismo.
Tradução e adaptação por este blogue.
DESAFIANDO AL AUTISMO. El síndrome Savant y el autismo. Disponível em http://desafiandoalautismo.org/el-sindrome-savant-y-el-autismo/ (acesso em 26 de setembro de 2014)